21.10.10
Voltando ao trabalho após a licença-maternidade
A mulher que passa pela experiência da gestação, parto e pós-parto, vive uma montanha-russa de emoções em pouco mais de um ano. Esse acontecimento do ciclo vital talvez seja aquele que mais mobilize o ser humano no aspecto psicológico e afetivo, exigindo dele uma capacidade de adaptação considerável. E é justamente quando a mulher está se acostumando à rotina da maternidade que ela deve voltar às atividades laborais. Nesse momento, é comum a mamãe, principalmente a novata, sentir um conflito no que diz respeito ao desejo de retomar a vida normal de antes da gestação versus a necessidade de estar presente para o filho que deixa em casa, sob o cuidado de terceiros ou mesmo em uma creche. O impasse diante da resolução desse conflito pode levar à vivência do clássico “sentimento de culpa”. Passar por esse dilema é perfeitamente normal e até esperado. No entanto, a elaboração psíquica dessa questão de forma satisfatória estará diretamente relacionada ao nível em que se encontra a autoestima da mulher naquele momento de vida. Por isso, é fundamental que desde o nascimento os pais curtam a evolução de seu filho e as aquisições que ele paulatinamente vai fazendo em direção a uma maior autonomia. Por exemplo, uma mãe que reluta em introduzir alimentos pastosos na alimentação da criança na fase preconizada para isso, estará dificultando a sua adaptação - e a do bebê – quando do seu retorno às atividades laborais, uma vez que a criança ainda dependerá exclusivamente dessa mãe para se alimentar, o que tornará o afastamento muito mais traumático para ambos.
Marcadores: ansiedade, depressão, amamentação
gravidez e sociedade
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