23.7.10
O parto possível
"- O Brasil é o campeão mundial de cesarianas!" "- Com os recursos de hoje em dia, não se deve temer o parto normal". As duas afirmações procedem mas há que se ir mais a fundo em cada uma delas.
É fato que o nosso país ainda é o recordista em parto cesáreo, procedimento que passa a ser prioridade quando existe risco iminente para a mãe ou o bebê. A banalização da cesariana pode levar a uma tendência a se controlarem todos os aspectos da gestação, inclusive o próprio nascimento. Na era do pré-natal com recursos inimagináveis há décadas anteriores, pode-se crer que tudo deva estar sob o controle da medicina. No entanto, um pré-natal bem realizado liga-se a uma possível minimização de riscos quando o parto tem grandes chances de ser normal. E por normal, devemos entender um trabalho de parto em que o binômio contração-dilatação progrida harmonicamente, não sendo desejável que dure intermináveis horas.
Quando nos deparamos com a segunda afirmação, avaliamos que talvez possa ser um pouco de "covardia" das mulheres - mesmo sabendo dos avanços obstétricos - optarem por um parto cesário de antemão. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Parto dá medo para maioria das mulheres e é normal ter esse temor. Mas, para trabalhar isso em você, é fundamental ter um obstetra em que se confie, não só tecnicamente, mas também na "filosofia" que está por trás daquele jaleco. Sim, seu médico deve ter a sensibilidade para interpretar as suas dificuldades e auxiliá-la a ter confiança no êxito do seu parto - seja ele normal ou não.
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