A tendência a ter filhos mais tarde vem se consolidando, principalmente entre as classes A, B e C. Adiar a maternidade e paternidade significa olhar mais para as aspirações pessoais e, se estiver em uma relação a dois, cuidar mais dessa interação. Todavia os anos passam e com eles surge o questionamento sobre exercer o direito de ser mãe e pai.
Houve uma significativa mudança de postura no que diz respeito ao posicionamento da mulher frente à maternidade. Já nos é permitido consolidar uma carreira e casar-se por autêntico desejo pessoal. Para os homens, aparentemente, nada mudou, ainda que eles se vejam premidos a ajudar com as tarefas de casa entre outras cositas más consideradas "femininas". O fato das relações homem-mulher terem se tornado mais igualitárias reflete diretamente no exercício da maternidade e paternidade. Hoje em dia, aos pais não cabe apenas ser "bem-sucedido" e prover a família dos recursos necessários à subsistência. Pais sentem que precisam participar da vida dos filhos e abrir um canal de comunicação seguro para eles. É importante que, além da relação do casal estar amadurecida, o próprio homem esteja em contato com os aspectos afetivos e psicológicos que emergem da experiência da paternidade: um resgate do passado e a possibilidade de construir um novo tipo de vinculação com os que estão por vir.
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