Há alguns anos surgiu um movimento no Brasil que defende o parto normal como 1ª opção nos nascimentos. Concomitante a essa campanha, a ideia do parto natural ou humanizado ganhou força ultimamente.
Antes de explicitar o que é cada uma dessas modalidades, falemos um pouco de estatísticas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2004, cerca de 41,8% dos partos no Brasil foram cirúrgicos. Obviamente, existem casos em que a indicação de cesariana é imperiosa, como em gestantes muito acima do peso, com pressão alta ou em bebês que não se encontram em posição favorável ou apresentam riscos de seqüela por alguma condição clínica particular. Essas são situações delimitadas.
Infelizmente, o que vemos em nosso país é a indicação do parto cesáreo por conveniência, algumas vezes do obstetra, outras vezes da família.
É importante frisar que a recuperação da cesariana requer cuidados e dificulta a mobilidade da mulher e consequentemente a melhor interação com o recém-nascido.
Ainda que algumas correntes que defendem o parto natural sejam algo radicais, já que não vêem com "bons olhos" a utilização de analgesia, anestesia ou qualquer outro procedimento cirúrgico, é interessante levar em conta a perspectiva do parto humanizado, ou melhor, do parto possível; aquele que leva em conta o bem-estar da mãe e do filho, respeita os limites desses organismos e atua com tecnologia médica, quando necessário, em situações de risco iminente.
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